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sábado, 14 de julho de 2012

Obesidade e Depressão

 Obesidade e Depressão



Saia da depressão
 
             Transtornos emocionais são inimigos na luta contra o excesso de peso. Entre eles está a depressão, que provoca desânimo, tristeza profunda, mau humor, falta de prazer em realizar as tarefas de que mais gosta, alterações de sono e apetite. Muita gente acaba descontando tudo isso na comida, o que leva ao aumento de peso, perda da auto-estima e ansiedade. Mas tenha calma! È importante não confundir tristeza com depressão. Segundo a Escola Americana, os sintomas devem se estender por duas semanas ou mais, ai sim é hora de procurar ajuda médica.
O excesso de peso é uma das causas que leva a pessoa a ficar depressiva, além do estresse crônico. “Não existe exame pra detectar a depressão. 
             Os sintomas é que caracterizam o quadro da doença”, alerta Adriano Segal, endocrinologista do ambulatório de obesidade do Hospital das Clínicas (HC) e diretor do departamento de psiquiatria e transtornos alimentares da Associação Brasileira para o Estudo da Obesidade (Abeso). “Quando começar a sentir que algo não está bem, é importante procurar ajuda”, aconselha.
             Dificuldades para resolver os problemas e encarar os sentimentos como angústia, solidão, carência, podem desencadear a depressão. “O ser humano não consegue viver sem prazer, precisa de pelo menos um”, conta a psicóloga e psicoterapeuta Olga Inês Tessari. “Muita gente busca o prazer na comida, o que momentaneamente resolve, mas pode levar a obesidade”, revela Camila Mareze, Psicóloga Cognitivo-comportamental.
             É comum confundir a tristeza com a depressão. “Quando a pessoa permanece no estado de tristeza sem motivo, pode ser um indício de depressão”, explica Olga. “O indivíduo fica desanimado, não acha graça em nada. Não acha saída, solução e pensa até em suicídio”, relata.
Entre os sintomas mais comuns da depressão estão:
- Baixa auto-estima;
- Dificuldade de concentração e de tomar decisões;
- Sentimentos de culpa;
- Reação suicida;
- Baixa energia ou fadiga;
- Diminuição da libido sexual;
- Medo;
- Insegurança;
- Pensamentos Negativos;
- Falta de interesse pelas coisas que normalmente eram estimulantes;
- Falta de iniciativa;
- Desânimo acentuado;
- Cansaço;
- Pouca alegria de viver;
- Irritabilidade;
- Sensação de Vazio;
- Mudança de apetite, para mais ou menos, com ganho de peso de até 20%;
- Alteração do sono;
- Tristeza sem motivo aparente;
- Mau humor
Tratamento da depressão

          É importante procurar tratamento completo para a depressão, que consiste no uso de medicamentos antidepressivos e psicoterapia, que ajudará o paciente a vencer frustrações, medos e ausências, encarar as situações e sentimentos. “O tratamento inclui técnicas de aconselhamento e ensina a pessoa a lidar com a dificuldade, além do uso de medicamentos, que pode se estender por até um ano”, conta Segal.
        “O preconceito em relação ao psicólogo pode atrasar o tratamento. Muitas vezes a pessoa procura um médico com a queixa de excesso de peso, pois quer emagrecer. No consultório acaba tendo noção do que está acontecendo”, revela Olga. “Os resultados aparecem entre três e seis meses. Seguindo o tratamento correto e completo dificilmente ocorre uma recaída”, completa.
          O profissional acolhe o indivíduo sem julgá-lo ou cobrar dele uma atitude que não pode ter naquele momento. Com um obeso, por exemplo, aborda o excesso de peso e o quadro depressivo, para que se conscientize e consiga iniciar uma dieta e recuperar a auto-estima. Do contrário não conseguirá vencer. “É essencial mostrar para a pessoa outras formas de prazer, de se sentir bem, ter auto-estima para lidar com a nova fase de emagrecimento”.
         Fazer exercícios físicos ajuda a melhorar os sintomas da depressão, principalmente os treinos aeróbicos, como caminhada, corrida e natação. “A atividade física faz bem pra saúde, eleva a liberação de endorfina, substância que promove o bem-estar”, orienta Camila.
        Mudanças na alimentação também são importantes. “O corpo é uma máquina, pra funcionar direito precisa de combustível. Com alimentos adequados o organismo reage melhor”, afirma Olga. “A educação alimentar é pra vida toda”, finaliza Camila.

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